domingo, 22 de maio de 2011

Apoio e Parcerias - fundamentais para a realização deste projeto

As parcerias e apoios são fundamentais para a realização deste projeto que envolve toda a Bacia Hidrográfica do Rio Jacaré Pepira. Ao todo são 13 municípios e 175 Km de rio no centro do EStado de São Paulo.

Este projeto é uma realização da ONG Movimento Rio Vivo e Prefeitura Municipal de Bocaina.

Tem parceria com FATEC – Jau; Instituto Biológico de São Paulo; Fundação Florestal; Conselho Gestor APA Corumbataí; Prefeitura Municipal de Brotas; Prefeitura Municipal de Itirapina; Prefeitura Municipal de Torrinha; Corpo de Bombeiros; Ponto de Cultura de Itirapina; Prefeitura Municipal de Ibitinga; Ponto de Cultura de Torrinha; Secretaria Estadual de Meio Ambiente – Coordenadoria de Biodiversidade e Recursos Naturais.

Conta com o apoio Gaia Energia; Areia que Canta; Fazenda Tamanduá; Ecoaçao Agencia de Turismo e Aventura.

Dados Preliminares da Expedição Jacaré Pepira 2011

Conhecer mais sobre as características ambientais do Rio Jacaré Pepira foi e tem sido o principal objetivo da Expedição Jacaré Pepira, projeto este que acontece a cada dois anos desde 2007. A edição de 2011, esta planejada para ser realizada durante todo o ano, com ações que vão além dos levantamentos de campo em buscar informações e dados colhidos in loco das condições e situações ambientais do próprio Rio Jacaré Pepira, também tem levantado informações sobre alguns dos seus principais afluentes e o projeto também esta buscando o conhecimento e as afetividades das comunidades abrangentes pelo Jacaré Pepira, resgatando costumes, histórias e condições ambientais marcantes em décadas anteriores com o objetivo de deixar registros para outras gerações e buscar articulações para fortalecer diretriz e políticas ambientais em torno da Bacia Hidrográfica do Rio Jacaré Pepira Mirim.
Em 2011, o acompanhamento do leito do Jacaré Pepira teve sua primeira etapa em 30 de abril e a segunda em 13 e 14 de maio de 2011, onde grupos de pesquisadores puderam fazer levantamentos em busca de vestígios de animais silvestres, identificação florística, identificação dos usos das águas e margens do Jacaré Pepira, análises da qualidade da água e medição de largura e profundidade do leito do Jacaré nos pontos aonde chegam os afluentes pesquisados nesta edição 2011, sendo: Rio do Peixe; Ribeirão do Bebedouro; Ribeirão do Dourado; Ribeirão da Figueira; Ribeirão da Bocaina e Ribeirão do Curralinho.
Entre os resultados preliminares, observou-se que a maioria das medições de profundidade e largura do Jacaré Pepira antes e depois da chegada de um afluente há diferenças de profundidade para menos a jusante (abaixo), ressaltando indícios de processo de assoreamento vindos desses afluentes. Buscando mais informações, observa-se que o tipo de uso do solo agrícola dessas micro-bacias hidrográficas tem sido usado com outras culturas onde o solo fica mais tempo exposto e/ou remexido com mais intensidade.
Quanto à flora identificada, trabalho complementar ao das expedições anteriores, observou-se que a variedade de espécies são muitas e que há condições positivas para todo o processo reprodutivo das plantas. Como aspecto negativo, observou-se que ainda há uma perda considerável da vegetação das margens por conta do desmoronamento dos barrancos, sendo conseqüência do processo de assoreamento. Cito algumas espécies identificas: Jatobá, Ingá, Canelinha, Figueira Branca, Canela de Frango, arranha gato. A equipe de biólogos da Expedição Jacaré Pepira pôde observar através de vestígios alguns animais considerados importantes dentro da cadeia alimentar, por ser sensíveis e necessitarem de condições ambientais de mata e água em abundancia, de boa qualidade e preservadas, como a paca, a onça parda, várias lontras e o lobo guará. Outros animais mais comuns também puderam ser identificados como a capivara, tatu galinha e muitas aves.
Também foram avistadas muitas pessoas na barranca do Jacaré Pepira em momentos de lazer, na sua grande maioria em pescarias com varas. Durante a rápida pesquisa realizada com os pescadores, a equipe ouviu relatos de uma diminuição significativa no volume e no tamanho dos peixes que estão sendo encontrados no rio. Entre as espécies mais pescadas estão o lambari, a Paipara, Piava, Corimba e o bagre. Muitos dos pescadores têm praticado a pesca esportiva (pescar e soltar). A equipe não encontrou nenhum pescador com redes ou tarrafas, nem esses equipamentos de pesca nas margens do rio.
texto Lili